Etapas do desenvolvimento infantil: entenda as 4 fases da infância

Acompanhar as etapas do desenvolvimento infantil pode representar um papel muito importante para o crescimento forte e saudável das crianças. Contudo, para isso é necessário conhecer as fases da infância e entender como elas se associam ao desenvolvimento e ao aprendizado da garotada. Então, para você papai ou mamãe com interesse no assunto e quer fazer um estudo profundo e descomplicado sobre o tema, a Red Balloon preparou um manual completo com todas as etapas do desenvolvimento infantil e dicas que lhe guiarão nessa jornada.

 

Psicólogos, psicopedagogos e demais estudiosos da área reforçam o quanto a contribuição da família e da comunidade escolar podem influenciar na formação social e cognitiva dos pequenos, especialmente quando esses responsáveis têm uma participação ativa na vida das crianças. Mas, se você ainda não sabe exatamente o que acontece durante as etapas do desenvolvimento infantil e como ajudar os seus filhotes em cada fase, continue a leitura e aproveite as informações e conselhos dos nossos especialistas a seguir. Vamos lá?

Por que estudar o desenvolvimento infantil?

Antes de mais nada, é fundamental destacar a importância dos estudos e das pesquisas acerca do desenvolvimento infantil, uma vez que negligenciar essa tarefa pode impactar negativamente no crescimento da criança. Afinal, é a partir dos estudos que os pesquisadores identificam dificuldades e transtornos comuns em diferentes estágios da infância e então formulam tratamentos e metodologias que driblem tais problemas.

 

O célebre psicólogo Jean Piaget, por exemplo, foi um dos precursores da teorização das fases do desenvolvimento infantil e conseguiu identificar os processos do amadurecimento cognitivo que acontece durante as primeiras duas décadas de vida de um indivíduo — dando origem às quatro fases do desenvolvimento aceitas até hoje, como falaremos em detalhes mais adiante.

 

Como fruto disso, educadores e psicopedagogos podem ter um parâmetro exato do que esperar de diferentes áreas e habilidades em cada idade, e assim elaborar estratégias de ensino que estimulem ainda mais esses campos em seus alunos. Porém, entenda que quando os estímulos não apresentam resultados satisfatórios, o auxílio de outros profissionais especialistas — incluindo pediatras e neurologistas — pode ser essencial.

 

Por que entender as fases do desenvolvimento infantil?

Todos esses estudos e pesquisas são úteis para o trabalho de educadores e especialistas em saúde e desenvolvimento na infância, no entanto, os pais e responsáveis também conseguem se beneficiar dessas investigações na criação dos seus pequenos. Isso porque desvendar as etapas do desenvolvimento infantil ajuda a lidar melhor com os diferentes desafios que surgem em cada uma das fases.

 

E, além de ficar de olho nos sinais de alerta que evidenciam dificuldades de aprendizagem e distúrbios neurobiológicos, como déficit de atenção e hiperatividade — o famoso TDAH —, quando os pais entendem o que ocorre nas diferentes fases da infância é possível encontrar soluções mais eficientes para situações do dia a dia e fortalecer as habilidades sociais, emocionais e cognitivas da criança.

 

Como pais e responsáveis podem participar deste processo?

Aplicar metodologias usadas por pedagogos pode ser uma tarefa complexa para os pais e responsáveis que não são especialistas na área. Contudo, existem alternativas que simplificam essas estratégias e permitem que até mesmo em casa a garotada possa continuar aprendendo e se desenvolvendo de forma leve e saudável.

 

Participar das atividades escolares, seguir as dicas dos educadores, estimular o diálogo com os pequenos e buscar compreender qual fase do crescimento seus filhos estão vivenciando são algumas das formas dos adultos participarem ativamente de todas as etapas do desenvolvimento infantil e contribuírem com a função dos especialistas na formação intelectual e social dos pequenos na sala de aula.

Entendendo as 4 fases da infância

Na etapa da primeira infância, a criança da imagem está descobrindo o ambiente brincando com a terra e com as folhas.
A primeira infância é o início das etapas do desenvolvimento infantil e é marcada pelas descobertas do mundo externo e interações com a realidade que cerceia a criança.

E, para colocar em prática todas essas alternativas citadas, é preciso saber em qual fase da infância o pequeno se encontra e quais transformações está vivendo, para só então entender como estimular cada habilidade corretamente — e evitar exigir mais do que a idade do seu filhote permita cumprir.

 

Pensando nisso, trouxemos uma breve explicação sobre as quatro fases da infância classificadas por faixa etária e como as crianças costumam reagir a cada uma delas. Dê uma olhada e descubra qual delas a sua família está vivenciando:

 

1. Primeira infância

A partir do nascimento até os primeiros cinco anos de vida a criança vive a primeira infância, fase em que as descobertas do mundo externo são essenciais para que o menor se integre a sua realidade e crie laços afetivos com pais, irmãos e avós, por exemplo. Assim, até o quinto ano o pequeno deve desenvolver as habilidades básicas para o dia a dia, como andar, falar e expressar seus sentimentos de maneira equilibrada.

 

Antes da primeira infância, há ainda o período intrauterino ou gestacional — que são os nove meses necessários para o corpo e os órgãos do bebê se formarem, até ele estar pronto para nascer. Porém, essa fase não é considerada quando se fala das etapas do desenvolvimento infantil psicossocial e, portanto, não está entre o foco dos estudos dos pedagogos e psicólogos.

 

2. Fase pré-escolar

Entre os cinco e os seis anos a criança viverá sua fase de pré-escola, quando tem o primeiro contato com outras crianças e adultos fora do seu núcleo familiar. Essa é uma das etapas do desenvolvimento infantil em que as habilidades motoras são aperfeiçoadas, aprendendo assim a escrever, desenhar e praticar esportes, por exemplo.

 

E aqui, segundo a psicanálise freudiana, nessa mesma fase a criança pode passar ainda pelo período edipiano, no qual nutre um apego desmedido para com a figura materna, no caso dos meninos, ou paterna, como ocorre com as meninas. Neste momento, a relação familiar pode ser decisiva para a área emocional e sentimental e refletir até mesmo em como o pequeno lidará com sua própria sexualidade e futuros relacionamentos amorosos na vida adulta.

 

3. Período de latência

Após os seis anos a criança entra oficialmente na segunda infância, chamada de período de latência. Ainda seguindo a teoria do psicanalista Freud, essa pode ser uma das etapas do desenvolvimento infantil de maior conflito entre os filhos e os pais e/ou responsáveis — incluindo os próprios educadores e coordenadores escolares.

Acontece que no período de latência a criança está aprendendo a conviver com suas frustrações e realizações, tendo reações extremamente negativas quando contrariada. Dessa forma, pedagogia afetiva é uma das metodologias adotadas pelas instituições de ensino para auxiliar na formação da inteligência emocional dos alunos.

 

4. Estágio da puberdade

Dos dez aos dezoito anos seu filhote estará passando pela puberdade e adolescência, estágios em que os hormônios começam a agir para prepararem o corpo e a cognição para a vida adulta. O conflito afetivo ainda pode ser marcante, entretanto, tende mais para os relacionamentos amorosos, enquanto aspectos sociais e intelectuais se fortalecem.

 

O salto no amadurecimento socioemocional é uma das últimas etapas do desenvolvimento infantil e serve para marcar a finalização deste ciclo, deixando para trás os comportamentos de criança para dar lugar a decisões importantes, como a escolha de uma universidade e a procura por oportunidades de emprego.

 

As fases do desenvolvimento infantil

Para compreender todas as transformações que a garotada vivencia em cada faixa etária, é interessante nos aprofundarmos um pouco mais nas etapas do desenvolvimento infantil e nas mudanças que ocorrem em algumas áreas do cérebro. Por isso, abaixo listamos as quatro fases defendidas por Piaget:

  • Fase sensório-motora

Chamada de sensório-motora, a primeira das etapas do desenvolvimento infantil envolve o reconhecimento de si enquanto ser que pensa, sente e faz. Essa fase pode durar até os dois anos, período que o bebê leva para ter consciência do seu corpo como um todo, dos seus movimentos e da interação com o mundo.

  • Fase pré-operatória

Já se tratando das etapas do desenvolvimento infantil criativo, a pré-operatória é a mais marcante, representando toda a faixa dos dois aos sete anos — e sendo percebidas pelas invenções de brincadeiras, pelo “faz de conta” e, especialmente, pela comunicação mais clara e efetiva por meio da fala.

  • Fase operatória concreta

As etapas do desenvolvimento infantil começam a ficar mais consolidadas com a chegada dos oito anos e permanecem assim até cerca dos 12 anos. É aí que o raciocínio fica ágil e coerente, estágio perfeito para introduzir conceitos mais complexos nas tarefas escolares e intensificar o aprendizado.

  • Fase operatória formal

Depois dos 12 anos estima-se que as etapas do desenvolvimento infantil estejam voltadas a aperfeiçoar alguns conceitos sociais, bem como assimilá-los com clareza concepções mais abstratas — o que inclui perceber que sente amor pelos pais e raiva diante de situações de injustiça, por exemplo. Além disso, vale ressaltar que o senso de empatia ganha bastante força nessa época.

 

Etapas do desenvolvimento infantil e da aprendizagem

Uma criança brinca com bolhas de sabão na imagem, para o desenvolvimento infantil é importante desenvolver brincadeiras para o desenvolvimento psicoemocional.
Em todas as etapas do desenvolvimento infantil é importante que o professor ajuste suas metodologias para cada fase da criança, onde sempre oferecendo recursos para o desenvolvimento psicoemocional.

Todas essas etapas do desenvolvimento infantil envolvem aprendizado e aquisição de conhecimentos indispensáveis para uma vida social plena, como o domínio da língua materna, a desenvoltura das tarefas mecânicas e o controle emocional. Esses fatores precisam ser trabalhados com o auxílio de profissionais qualificados e reforçados com atividades complementares praticadas em casa.

 

As funções executivas são um exemplo de habilidades que devem ser treinadas com todas as crianças a fim de impulsionar o seu desenvolvimento e aprimorar traços de personalidade positivos, como a autonomia e a proatividade. Contudo, outras técnicas podem ser aplicadas em conjunto para suprir déficits emocionais, sociais e cognitivos.

 

Dito isso, o educador responsável por uma turma deve saber optar por metodologias de ensino específicas para cada uma das etapas do desenvolvimento infantil e adequá-las para o ritmo de aprendizado da classe como um todo. Além disso, adotar estratégias individuais e personalizadas para a necessidade da criança é um dos recursos mais viáveis para driblar as dificuldades e desafios comuns na infância.


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